A corda que amarra o meu peito
E que tento e não posso soltar
A corda que amarra o momento
A corda que amarra o pensar
As vozes que chegam roubando
E insistem em ouvir seu gritar
As vozes que chegam chorando
As vozes que chegam do mar
O peito que não mais bate
O cão que jamais late
A vida que vem e bate
Mas nunca até que mate
Os rostos sem lembrança de face
As faces sem lembrança da vida
Olhares que inventam enlaces
De pares jamais na saída
E os sons tão bons
Levam ao coração
A mudança e a paixão
Os passos que levam às portas
Por mais que pareçam tortas
Se abrem, se fecham, se criam
E ainda mais que o simples olhar
Ou a corda, a voz, o pensar
É o Primeiro Momento: amar
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